Mulher Rendeira


A renda é o entrelaçamento de fios compondo um desenho, sem ter um  fundo de tecido.

Na Europa a renda teve sua época de glória. Ficaram famosas as vindas de Milão e Bruges. Os padres encomendavam essas rendas para seus trajes, as noivas para seus vestidos.

As rendeiras fazem os mais variados trabalhos em renda: entremeios, ourelas, bicos, galões, etc.
Mas as rendas também têm nomes, que variam de um município para outro. As rendeiras dãos os nomes de acordo com o lugar em que vivem: Palma de Coqueiro, aranha, siri. As denominações também são tiradas dos pontos e desenhos: caracol, carocinho de arroz, flor de goiabeira, meia-lua, bico de pato, traça, barata, estrada de ferro, margarida, tijolinho, etc.

No Brasil a renda chegou através das mulheres portuguesas. 
Onde houve maior concentração de açorianos (Santa Catarina e Ceará) nota-se a presença dos trabalhos de renda.

Almofada e Bilros

Sobre uma almofada é pregado o modelo de papelão chamado cartão ou desenho. O papel é todo crivado de furos, onde se espetam alfinetes. A medida que a mulher vai tramando os fios, vai mudando os alfinetes.
A linha é enrolada em pequenos bilros de madeira.

As rendas são dos mais variados tipos: umas simples, outras mais elaboradas.
No aprendizado as meninas começam a bater oito ou doze bilros. Suas rendas são de desenho simples. As rendeiras mais experiêntes trabalham com 32 bilros, outras com 64.


Brasil, Histórias, Costumes e Lendas / Alceu Maynard Araújo - São Paulo: Editora Três, 2000
Ilustrações de José Lanzellotti escaneadas do livro: Brasil, Histórias, Costumes e Lendas.
 
 
Volta para os Tipos Regionais Vai para o Beato