FESTAS JUNINAS
 
Nas cidades, nas paróquias e escolas são montadas as quermesses,
repletas de barraquinhas com comidas típicas (canjica, arroz-doce,
pé-de-moleque, pipoca, quentão); jogos para acertar um alvo,
pescaria, coelhinho (são casinhas numeradas formando um circulo
com coelhinho solto no centro e as pessoas torcem para o coelho
entrar na casa de número corresponde ao do bilhete comprado),
em que se podem ganhar uma prenda.
Na barraquinha de quentão, pinga fervida com açúcar
e gengibre. E o ponto alto da festa que é o casamento
caipira seguido da quadrilha.
O correio-elegante em que os jovens e adultos trocam
mensagens de carinho e oferecem música para
entes queridos que serão ouvidas no
alto-falante do arraial.
O leilão de prendas, onde são arrematados
pelo melhor preço: frangos e leitões
assados, bolos, roscas e cartuchos
(cone de cartolina decorada com recheio
de doces caseiros).

Nas comunidades rurais, além do "casamento
da roça" e da quadrilha, também
acedem fogueiras.

Cartuchos decorados com papel crepon e recheado com doces caseiros:
doce-de-leite, cocada, pe-de-moleque, doce-de-abóbora e de bata-doce cristalizados, cajuzinhos, etc.
Estas prendas são, geralmente, doações da comunidade.

Introduzidas pelos portugueses, onde o culto a São João é um dos mais antigos e populares, as festas juninas (de junho) ou joaninas (de João) iniciam-se no dia 12 do mês, com os festejos da véspera de Santo Antonio, e terminam no dia 29 (São Pedro); têm seu auge na noite de 23 para 24, o dia de São João propriamente dito. Embora seu caratér folclorico desapareça pouco a pouco, principalmente nas grandes cidades, ainda são cultivadas Brasil afora. No Nordeste têm muita afluência popular as festas em Campina Grande, João Pessoa e Santa Luzia do Sabugi (PB), em cidades pernambucanas e em São Luís do Maranhão. Em Fortaleza (CE) realiza-se um festival de quadrilhas. No Centro-Oeste os festejos são mais intensos em Dourados e Corumbá (MS) e, no Sudeste, em Cabo Frio (RJ), na cidade do Rio de Janeiro e em Ubatuba (SP). Nas grandes cidades, onde não se acedem fogueiras, um dos elementos centrais das festas, a tradição tende a desaparecer. Observam-se esforços para mantê-la, principalmente nos colégios, onde professores costumam organizar festas a que as crianças comparecem em trajes caipiras. Nessas reuniões procura-se reviver tradições rurais: as danças de quadrilha, comes-e-bebes como pipoca e quentão, jogos e brincadeiras.
O ciclo junino corresponde às festas de Santo Antonio, São João e São Pedro. Santo Antonio é o santo casamenteiro por excelência e o seu prestígio está junto às moças solteiras.

 
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Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 1995
Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale - Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
Histórias e Lendas do Brasil (adaptado do texto original de Gonçalves Ribeiro). - São Paulo: APEL Editora, sem/data
Ilustração de J. Lanzellotti
Cartuchos: Foto de Angelo Zucconi.
Terra Brasileira