Artesanato
A característica principal do artesanato folclórico é a produção de um efeito físico, de sentido predominantemente utilitário.
No seu domínio incluem-se objetos e artefatos de uso diversificado, executados manualmente por uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas.
Esses objetos contêm em si marcas de uma cultura determinada e, desse modo, atestam a ligação do homem com o meio social em que vive. Há uma integração homem/meio ambiente, identificável no próprio tipo de matéria-prima utilizada: madeira (carrancas do São Francisco), barro (cerâmica nordestina), fibras animais e vegetais (cestaria indígena).

A habilidade dos artesãos recicla, para novos usos, restos de metal, latas, peças usadas de automóvel. As latas, por exemplo, transformam-se em lamparinas e outros tipos de luminárias, panelas, copos, etc. Produtos industriais são incorporados a uma cultura originária. A renda de bilro, tradicionalmente feita com fio de algodão produzido em roca, pode ser feita de linha industrializada para costura.
As mãos são o verdadeiro instrumento do artesão, com freqüência auxiliadas por máquinas e ferramentas, elas próprias de produção artesanal: a prensa de parafuso, para apertar o tipiti e extrair a água da mandioca, ou a moenda de tração animal ou manual, para extrair o caldo de cana, ou ainda o pilão, para pilar milho ou descascar arroz.

(Ver Regiões/.../Artesanato)
Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Vozes, 1999.
 
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