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Alguns aspectos da Região Norte:
Superfície: 3.869.637,9 km2 (45,3% da superfície brasileira).
População: 10.030.556 hab  (IBGE, 1994).
Cerca de 135 Povos Indígenas e uma população censo/estimada de 172.264 indivíduos.
Área de domínio da floresta equatorial também abriga muitos cerrados e campos, em extensões mais reduzidas.
As atividades econômicas mais importantes estiveram sempre ligadas ao extrativismo vegetal, cujo apogeu situou-se entre 1870 e 1910 com a borracha causando o primeiro surto migratório, com a chegada de milhares de nordestinos.
A ocupação concentrada ao longo dos rios só se interiorizou a partir da década de 1960 com a construção de rodovias como a Transamazônica, Belém-Brasília e Cuibá-Santarém.
A criação da SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) em 1966, estabelecendo uma política de incentivos fiscais, com distribuição de terras e apoio a projetos de exploração de minérios, trouxe novos aportes de migrantes e grandes investidores, provocando graves conflitos com populações camponesas e com povos indígenas. Justamente estes se concentram nas áreas dos terrenos cristalinos de ocorrência de minérios, como o ouro, diamantes, cassiterita, manganês, estanho e ferro. A proibição legal da garimpagem em terras indígenas não é respeitada, nem mesmo pelo Estado que, ao implantar o Projeto Carajás, não se preocupou com os 12.500 índios que ficaram dentro da área.
A criação da Zona Franca de Manaus, visando à instalação de um parque industrial, trouxe na verdade montadoras de produtos eletrônicos e não o desenvolvimento pretendido.
Abrigando a maior bacia hidrográfica do mundo, a região conta com grandes usinas hidrelétricas, como Samuel, no rio Jamari, em Rondônia; Balbina, no rio Uatumã, no Estado do Amazonas; e Tucurui, no rio Tocantins, no Pará, cujo efeitos sobre a fauna, flora e populações humanas foram nefastos.
Apesar das usinas, o maior problema da região continua sendo a escassez de energia, e grande parte da área ainda depende de geradores movidos a óleo diesel. Mesmo com os rios navegavéis, os problemas de comunicação e transporte de mercadorias são enormes. Durante as cheias as estradas têm largos trechos interrompidos, e centenas de quilômetros já foram perdidos pela falta de conservação ou retomados pela mata por falta de um tráfego mais intenso. As duas únicas ferrovias existentes trabalham em função da exploração de minérios: a Estrada de Ferro Carajás, que leva o ferro de Marabá, no Pará, ao porto de São Luís, no Maranhão, e a Estrada de Ferro do Amapá, que transporta o manganês da Serra do Navio ao porto de Macapá.



Referências bibliográficas:
Extraído do texto de Regina Sader, professora do Departamento de Geografia da USP: Brasil - O Livro dos 500 anos / Vários Autores -  São Paulo: Editora Abril, 1996.
Povos Indígenas no Brasil, 1996-2000 / [Carlos Alberto Ricardo (editor)] - São Paulo: Instituto Socioambiental, 2000.
 
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