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Alguns aspectos da Região Nordeste:
Superfície: 1.561.177,8 km2 (18,3% da superfície brasileira).
População: 42.497.540 hab  (IBGE, 1994).
Cerca de 30 Povos Indígenas e uma população censo/estimada de 47.632 indivíduos.
Entre os centros urbanos da região destacam-se Salvador, Recife e Fortaleza, todos capitais regionais com mais de um milhão de habitantes. A porção que vai do Rio Grande do Norte até a Bahia é dividida em três áreas distintas, de leste para oeste, pelas suas características humanas, econômicas e do quadro natural. A primeira delas é a Zona da Mata, antigo domínio da Mata Atlântica, onde se estabeleceram desde o início da colonização portuguesa o latifúndio açucareiro e, posteriormente, no sul da Bahia, o cultivo do cacau, em virtude de suas condições favoráveis, como solo férteis, pluviosidade abundante e temperaturas elevadas. A segunda é o Agreste, área de transição entre a mata úmida e o sertão semi-árido, onde é praticada a policultura, a pecuária leiteira e sobretudo a lavoura algodoeira, em pequenas unidades produtivas. E por fim vem o Sertão, domínio do semi-árido, com grande irregularidade de precipitações, origem das secas periódicas, com solos arenosos e pouco profundos. Uma criação de gado aí se desenvolveu desde o período colonial em enormes latifúndios. A porção oriental da região Nordeste, formada por parte do Piauí e pelo Maranhão, constitui uma zona de transição entre o sertão e a região amazônica, com pecuária extensiva na sua parte oriental e uma lavoura de arroz praticada em moldes tradicionais.
A atividade agrícola é marcada por grandes contrastes: ao lado das grandes usinas de açúcar de Alagoas, com uma cultura canavieira moderna e alta produtividade, há outras com técnicas tradicionais e baixa rentabilidade.
Na área sertaneja do rio São Francisco há exemplos de uma agricultura altamente rentável, com métodos avançados de irrigação, em áreas com afluxo importante vindos dos Estados do sul do País. Em 1959 foi criada a SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), órgão planejador que deveria aplicar incentivos à industrialização da região, equacionar os graves problemas de falta de emprego, pobreza absoluta e êxodo das populações nordestinas. A construção de grandes barragens como as de Sobradinho, Itaparica e Paulo Afonso, no rio São Francisco, e a exploração do petróleo no Recôncavo Baiano (20% do total nacional) propiciaram
energia para a instalação de 20% dos estabelecimentos industriais do País, que no entanto empregam apenas 9% da mão-de-obra industrial. A estrutura fundiária altamente concentradora e todo o sistema de privilégios de acesso à água dos açudes e poços artesianos não foram tocados, fazendo do Nordeste o foco dispersor de uma população que atinge os níveis de desnutrição mais elevados do Brasil.



Referências bibliográficas:
Extraído do texto de Regina Sader, professora do Departamento de Geografia da USP: Brasil - O Livro dos 500 anos / Vários Autores -  São Paulo: Editora Abril, 1996.
Povos Indígenas no Brasil, 1996-2000 / [Carlos Alberto Ricardo (editor)] - São Paulo: Instituto Socioambiental, 2000.
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