As Baianas


As Baianas
É preciso ser baiana para saber usar uma roupa assim! 
Quanta pompa no andar dengoso e cadenciado...
As “baianas” atuais descendentes de africanos (das tribos ioruba, nagô, mina, fula, haussá) são as que mais se esmeram no trajar.
As nagô, cuja presença maior se nota nos candomblés, são baixas e gordas. Usam cores vivas, berrantes. Saia ampla toda estampada.
A baiana-mulçumana (do Sudão da África), alta e esguia, usa o traje branco imaculado. Às vezes, no ombro um “pano da Costa” preto (pano vindo da Costa da África).
O traje típico é assim: saia rodada, com muitas anáguas rendadas, engomadas. Bata (blusa de rendas) solta. Pano da Costa, como um xale, sobre o ombro  ou turbante. Chinelas ou sapatos de salto baixo.
E o que mais? Muitos e muitos enfeites: pulseiras, brincos de ouro, prata, coral. Algumas nos dias de festa, usam uma penca de balangandãs na cintura. Imagine tudo isso e ainda todo o encanto que a baiana tem...

O Tabuleiro da Baiana
Um pedaço da África se mudou para o Brasil com os escravos. É fácil encontra-lo nos quitutes que as baianas preparam, na comida mais “quente” do Brasil. A “quentura” é dada pela pimenta de cheiro ou malagueta.
Da África chegou o azeite de dendê, o quiabo, o inhame, o amendoim, o gengibre. E surgiram os célebres pratos baianos: acarajé, abará, acaçá, efó, ximxim de galinha... Com muitos segredos que só as baianas sabem...
Barqueiros
No rio São Francisco, limite natural entre Sergipe e Alagoas, há navios de alto mar que chegam até a cidade de Penedo. Da foz até Piranhas, o rio milionário é singrado por taparicas (canoas), chatas, barcaças e as canoas de tolda.
 



Brasil, Histórias, Costumes e Lendas / Alceu Maynard Araújo - São Paulo: Editora Três, 2000
Ilustrações de José Lanzellotti escaneadas do livro: Brasil, Histórias, Costumes e Lendas.
 
 
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