XANGÔ
Divindade do culto afro-brasileiro, um dos orixás mais destacados do candomblé.
Orixá masculino das tempestades, dos trovões, dos raios e da justiça. Segundo a tradição oral, teria sido o quarto rei de Oyó, capital do antigo império ioruba. Filho de Iemanjá, foi casado com Iansã, com Oxum e com Obá. É representado com um rei poderoso que distribui justiça, com um machado de duas lâminas nas mãos.

Características: força, retidão, orgulho, autoritarismo, sensualidade e, quando contrariado, violência.
Sincretismo: no sincretismo afro-católico, aparece como São Jerônimo, possivelmente devido ao leão que acompanha a imagem do santo, animal simbólico da realeza entre os iorubas. Também aparece como Santa Bárbara, protetora contra as tempestades, e como São Jorge, devido à espada que acompanha a imagem do santo, que é identificada à insígnia do orixá, o oxé, machadinha de lâmina dupla. São Pedro e São Miguel.
Cores: vermelho e branco no candomblé e marrom na umbanda.
Oferendas: sua comida-de-santo é galo, bode, cágado, carneiro e caruru de quiabos (amalá).
Locais: pedreiras ou pedra em beira de cachoeira.
Saudação: Kabiencille Xangô
Simbolismo: oché - machado de 2 lados.
Dia da semana: quarta-feira e para outros terça-feira, sendo a festa anual celebrada a 24 de junho ou 30 de setembro.

Em Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Paraíba, o termo "xangô" é utilizado genericamente pelos leigos para designar o próprio culto afro-brasileiro.



Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 19995
Revista dos Orixás - Rio de  Janeiro: Editora Provenzano,  2000
Ilustração de Ricardo Pissiali - publicada na Revista dos Orixás - Rio de  Janeiro: Editora Provenzano,  2000
 
Volta para os Orixás
Volta ao Topo
Terra Brasileira