JONGO
O jongo, originário de Angola, também conhecido pelos nomes de angona, angoma, angome, pertence ao ramo das danças sagradas. Os folcloristas justificam a sua classificação como dança religiosa, contando a seguinte história:
"O jongo nasceu de Nossa Senhora, quando ela soube que Jesus Cristo tinha ressuscitado saiu com um apitinho na boca dançando o jongo".
O jongo é uma das danças prediletas dos negros. É dançada a céu aberto, em terreiro, à noite, e, às vezes prolonga-se até o raiar do sol.

Instrumentos musicais: tambor, chocalho, puíta, cuíca.

Coreografia: o jongo compõe-se de duas partes: uma, constante de pontos de demanda ou de desafio, na qual os participantes procuram decifrar os "pontos" do cantador; e a outra, de ponto de visaria, de música para dançar.
O jongo é dançado à luz da fogueira. Um tambor marca o ritmo e o compasso. Há um cantador.
Os figurantes formam um grande círculo, sem limitação de número, sendo, geralmente, numeroso.
Os pares solistas dançam no meio do círculo, desenvolvendo verdadeiros duelos de danças.
O jongo tem passos complicados e contorsões que exigem ginástica e prova de agilidade. Os passos são deslizantes, para frente, com o pé alternadamente, ao fim de cada deslizamento, faz um curto pulo ao avançar o pé de trás. Giram o corpo. Estando de frente, o par vira-se e defrontam-se ambos, mudando os passos, ora para frente, ora para trás, duas vezes. Depois giram os homens; ao girarem ficam novamente de costas para as mulheres. Elas, também, às vezes dão meia-volta e defrontam-se com os homens que estão atrás. Dão com eles um passo curto, para frente, ao lado direito e balanceiam para trás, depois de um balanceio para a esquerda e voltam-lhe as costas novamente. O par, de frente, conta 1, 2, 3 e balanceia o corpo para o lado oposto um do outro. Depois roçam os corpos, dando um toque altamente sensual à dança.



Danças do Brasil / Felícitas. - Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint Ltda., sem/data
 
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