O Natal, apesar de estar se tornando uma festa de folclore visivelmente artificial, devido à introdução de elementos alienígenas, como a Árvore de Natal e o Papai Noel, conserva sua tradicionalidade em alguns estados do Brasil devido aos presépios, Lapinhas e à dança das Pastorinhas. Tanto no Norte como no Sul existem as Folia de Reis (apesar da festa de Reis ter sido transferida para o domingo depois do dia 1º de janeiro), formados por grupos que vagueiam à noite pelas cidades, de 24 de dezembro a 6 de janeiro, cantando louvações ao Menino Deus e à adoração dos Magos e angariando fundos para a grande festa dos Santos Reis.1
O Natal chegou ao Brasil com os jesuítas e, embora suas festas e bailados conservem a influência estrangeira, principalmente de Portugal, uma série de elementos indígenas e africanos foi aqui introduzida em suas representações.
Desde o séc. IV, o nascimento de Cristo é comemorado no dia 25 de dezembro, tanto pela proximidade do solstício como em relação à presumível data da morte de Jesus, no dia 25 de março. A festa de Natal é marcada liturgicamente pela celebração de quatro missas: na vigília noturna, à meia-noite, na aurora e de manhã (de acordo com as leis canônicas; na prática, entretanto, isso não sendo possível, celebra-se apenas a mais importante das quatro missas: a missa da meia-noite, conhecida como a Missa do Galo). Representação, na tradição do Natal, do estábulo de Belém e das figuras que participaram, segundo o Evangelho, do nascimento de Cristo, e das cenas que a ele se seguiram.4
Os presépios escolhidos para motivo da série Natal 77, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, são de autoria de Evarista Ferraz Salles, pioneira no Brasil em trabalhos de artesanato de palha de milho e bucha, cujos presépios de cabaça figuram em vários países estrangeiros. |