Culinária de origem Portuguesa
Dos portugueses recebemos o gosto pelas carnes de carneiro, porco, cabrito, além da galinha, dos ovos, peixes e mariscos.
Os temperos de origem européia são: alho, cebola, cominho, cheiros verdes e especialmente a vinha-d’alho.  Devemo-lhes ainda os recheados, conservas salgadas, açúcar, caldos, o hábito de beber café, a partir do século XVIII. A doçaria lusitana nos trouxe os alfenins e alféloas (puxa-puxa), fios d’ovos e o mel, que teve muita importância na elaboração das sobremesas brasileiras.

Arroz-doce:
Arroz cozido com leite, açúcar, canela e cravo. Trazido pelos portugueses, é consumido no Brasil inteiro, principalmente nas festas de São João.

Arroz-de-leite:
O mesmo que Arroz-doce. No Nordeste, arroz cozido com leite e sal.
 

Cabidela:
Prato tradicional, difundido em todo o país, feito geralmente de galinha cortada em pedaços e guisada num molho feito com o sangue não coagulado da ave.
(Diz-se também galinha ao molho pardo).

Originária de Portugal, onde era feito com os miúdos e extremidades – ditas cabos, donde o nome do prato -, a cabidela também pode ser feita com outras aves, como pato, ganso, marreco, galinha-d’angola, etc., embora seja a galinha a mais utilizada. O sangue é colhido no momento do abate e misturado com um pouco de vinagre para que não coagule. Os temperos mais comuns incluem pimenta-do-reino, alho e cominho.
 

Cuscuz:
Prato popular salgado, feito com massa de farinha de milho cozida ao vapor d’água e depois umedecida com leite de coco. 
No Sul, é enriquecido com crustáceos, pedaços de peixe, ovos cozidos, palmito, etc. e, ao invés do leite de coco, é umedecido com molho de tomate.

Trazido pelos portugueses, o cuscuz é de origem árabe, muito difundido no norte da África e em Portugal. 
O cuscuz era feito inicialmente com arroz ou trigo, só adquirindo a composição atual após a descoberta da América.

Veja a

Culinária da Época de Cabral
Sociedade e Cultura – Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Nova Cultural, 1995.
Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Vozes, 1999.
 
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