Manifestações de origem indígena

 
 
Apesar dos colonizadores, religiosos, madereiros, burocratas e empresários, os primeiros habitantes do Brasil ainda sobrevivem.
Foram 500 anos difícies. Tempos de invasão, trabalho escravo, massacres, epidemias, aniquilamento cultural e adaptação forçada aos moldes da sociedade dos colonizadores.
Sua marca está registrada no nosso folclore:
As fábulas e contos cujos heróis são bichos de nossas matas, 
são de origem indígena.

Mitos  como o Boitatá, o Sací-pererê, o Sol e a Lua, o Curupira, a Iara, a Vitória-régia e o Guaraná
e
Lendas como A Iara
(ver Regiões / Norte / Mitos e Lendas)

  Danças com instrumentos musicais característicos:

buzinas, chocalhos, maracás
As danças brasileiras que podem ser consideradas de origem indígena são: Cateretê ou Catira, o Toré dos quilombos alagoanos, Cururu, Sarabaquê ou Dança de Santa Cruz, Sairê do extremo norte, assim como alguns folguedos populares: Caiapós, Caboclinhos, Tribo, Dança dos Tapuios e Pássaros
(ver Regiões / Música e danças)
 
 
Artesanato: redes, trançados, utensílios de palha, madeira, barro e arte plumária.
A arte de trançar é encontrada é encontrada em todos os povos primitivos. Vários tipos de cestas e peneiras eram feitos pelos ameríndios, sendo portanto conhecidos os trançados por diversas tribos brasileiras. Certamente os cesteiros atuais herdaram técnicas de nossos indígenas, além de receberem influências lusas e africanas.
(ver Regiões / Artesanato)

Influência nos hábitos: 
dormir em rede, tomar banhos freqüentes e na alimentação.

A Culinária
Nos primeiros tempos da colonização brasileira, Hans Staden mencionava a farinha de mandioca, peixe e carne preparados com pimenta vermelha, o mel silvestre e uma bebida estraída do aipim, e Jean de Lery referia-se ao uso do milho para fazer farinha, da pimenta pilada no sal obtido da água do mar e das pacovas, bananas da terra.
Outros cronistas documentaram o uso do amendoim, castanhas de caju, milho assado com carne, feijão de todos os tipos, cará, rãs, caranguejos, do marisco sururu e das marmeladas de banana.
 
Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Editora Vozes, 1999
Índios in Problemas Brasileiros n.º 338, São Paulo: Publicação Bimestral do SESC e SENAC, abril de 2000.
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