Por volta de 1600 começa o cultivo do tabaco na Bahia.

O Cultivo

Semeia-se o tabaco nos meses de maio a julho. Depois de nascido limpa-se o mato que cresce em volta e quanto a planta tiver um palmo de altura é transplantada num cercado ou curral, em terra bem estercada, onde se criou o gado por algum tempo. Planta-se as mudas em covas de um palmo de profundidade e em fileiras distas de 5 palmos. Entre uma planta e outra se deixa dois palmos e meio de distancia para que possam crescer sem se embaraçar. Os inimigos da planta são a lagarta, a formiga, o pulgão e o grilo. Para impedir o ataque das formigas, coloca-se folhas de mandioca ou aroeira nos regos entre as fileiras para que as formigas as comam e não cheguem as folhas do tabaco.

Quando a planta, já crescida, com oito ou nove folhas, tira-se o olho de cima, ou grelo, antes de espigar. Também chamado “capar” ou desolhar a planta. Fazendo isto, outros olhos nascem, que também são tirados para que não tirem a substância das folhas. Isto é feito pelo menos de oito em oito dias e também a limpeza do mato, até as folhas estarem sazonadas, isto é, com umas nódoas amarelas ou por estarem, os pés das folhas, pretos por dentro, que comumente acontece no quarto mês desde o transplante.
 

Registro de Antonil

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O plantio do fumo no Brasil varia por região. De uma maneira geral, semeia-se o fumo de setembro a novembro, principalmente na região Sul, em áreas sujeitas a geadas, e de dezembro a janeiro, onde não há estas ocorrências; no Nordeste, as chuvas regulam a época do plantio.
A semente do fumo, muito pequena, não pode ser semeada diretamente. A semeadura é efetuada em sementeiras ou canteiros e as mudas são replantadas dois meses mais tarde. A colheita acontece por volta de três meses depois.
A maior parte da produção de fumo é dedicada ao hábito de fumar e apenas uma pequena parcela, reminiscência de hábitos largamente difundidos em séculos passados, é produzida como fumo para mascar ou preparada como fumo torrado para aspirar (rapé).

Enciclopédia Larousse