Os Japoneses
 
Trouxeram recentemente várias contribuições, que vêm sendo introduzidas na cultura popular. Os nipônicos nos legaram o folclore das flores, dos frutos, da morte, e ainda o "suchi" e "sachimi", pratos muito apreciados hoje em dia, além das artes marciais.
Festa Oriental - Bairro da Liberdade, São Paulo (Litoarte)

Um relatório enviado ao Japão, em 1905 pelo seu Ministro plenipotenciário no Brasil, Sr. Suguimura, nos dá claramente as circunstâncias que favoreceram a imigração japonesa:

“Proibida a entrada na Austrália, discriminados nos Estados Unidos, perseguidos no Canadá e agora limitados também no Hawai e Ilhas do Pacífico, os nossos colonos trabalhadores encontrarão no Estado de São Paulo uma rara felicidade e um verdadeiro paraíso”.

Em 18 de junho de 1908, o vapor Kasato Maru de 10.000 toneladas, aportou em Santos, transportando 781 imigrantes lavradores contratados para as fazendas de café.
Vindos do interior, na cidade de São Paulo os japoneses exerceram funções de copeiros, jardineiros, motoristas particulares, alfaiates, tintureiros, dentistas e fotógrafos.
O auge da imigração japonesa se deu nos anos 30. Até o início da Segunda Guerra, perto de 190 mil imigrantes deram entrada no Brasil e, hoje, estima-se que a colônia japonesa totalize cerca de 1,2 milhões, incluindo descendentes de segunda, terceira e quarta gerações e constituindo na segunda maior concentração de imigrantes.
 

  Rua Galvão Bueno - Liberdade, São Paulo (Litoarte)

A maior parte vive hoje no bairro da Liberdade, Aclimação e Jardim da Saúde, próximo a Rodovia dos Imigrantes. 
O sentimento dos japoneses em relação ao Brasil pode ser sintetizado nas palavras de Mitsuko, uma imigrante:

“Quem fica no Brasil não vai embora. Pode voltar para o seu país de origem, mas só para passeio. Depois acaba voltando para o Brasil, porque aqui todo mundo se sente bem”.
 
 

Texto de Wladimir Catanzaro


Projeto Caixa Populi: Etnias / Wladimir Catanzaro - São Paulo: Caixa Econômica Federal, 1999.
Imagens escaneadas de postais da Editora Litoarte Ltda - Caxias do Sul - RS
Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
Gif animado da Animationfactory (ver conexões)
Para saber mais clique aqui
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